terça-feira, 23 de novembro de 2010

Doces Palavras

(por João Alexandre)

Se tens a minha vida em Tuas mãos,
Confesso, nada peço mais da Vida!
Se vives dentro do meu coração,
S'imbora, jogo fora o medo e a solidão!

És minha Vida, meu Senhor!
Minha Verdade, meu Caminho!
Meu Deus, meu Pai, meu Salvador!
Para onde irei eu se só Tu tens as
doces palavras que preciso ouvir?

Por mais que eu tente, não vou conseguir!
Quem pode compreender a Tua Graça?
Bem sei que sou eterno devedor,
Do Teu amor, por muito mais que eu faça!

És minha Vida, meu Senhor!
Minha Verdade, meu Caminho!
Meu Deus, meu Pai, meu Salvador!
Para onde irei eu se só Tu tens as
doces palavras que preciso ouvir?

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Alma nua

(por Vander Lee)

Ó Pai
Não deixes que façam de mim
O que da pedra tu fizestes
E que a fria luz da razão
Não cale o azul da aura que me vestes
Dá-me leveza nas mãos
Faze de mim um nobre domador
Laçando acordes e versos
Dispersos no tempo
Pro templo do amor
Que se eu tiver que ficar nu
Hei de envolver-me em pura poesia
E dela farei minha casa, minha asa
Loucura de cada dia
Dá-me o silêncio da noite
Pra ouvir o sapo namorar a lua
Dá-me direito ao açoite
Ao ócio, ao cio
À vadiagem pela rua
Deixa-me perder a hora
Pra ter tempo de encontrar a rima
Ver o mundo de dentro pra fora
E a beleza que aflora de baixo pra cima
Ó meu Pai, dá-me o direito
De dizer coisas sem sentido
De não ter que ser perfeito
Pretérito, sujeito, artigo definido(...)

Viver menino, morrer poeta.