sábado, 26 de dezembro de 2009

Seasons of Love (tradução)

Quinhentos e vinte e cinco mil e seiscentos minutos
Quinhentos e vinte e cinco mil momentos bons
Quinhentos e vinte e cinco mil e seiscentos minutos
Como se mede um ano a mais?

Em dias? Em pôres do sol?
Em meias-noite? Em copos de cafe?
Em noites? em sons?
Em risos? Em lutas?
Em quinhentos e vinte e cinco mil e seiscentos minutos?
Como você mede um ano pra viver?

Que tal com o amor?
Que tal com o amor?
Que tal com o amor?
Meça em Amor
Temporaas de Amor


Quinhentos e vinte e cinco mil e seiscentos minutos
Quinhentos e vinte e cinco mil jonadas para planejar
Quinhentos e vinte e cinco mil e seiscentos minutos
Como medir a vida de um homem
Ou de uma mulher?

Em verdades que ela aprendeu
Ou nas vezes que ele chorou?
Nas pontes que ela ergueu
Ou no modo que ele morreu?


É tempo agora de contar
Que essa história não tem fim
Vamos celebrar,
Relembrar um ano
Numa vida de amigos

Lembre do Amor
Lembre do Amor
Lembre do Amor
Lembre do Amor

Divida Amor
Dê Amor
Espalhe Amor

Meça sua vida em Amor!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Congresso Internacional do Medo

(Carlos Drummond de Andrade)

Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A minha alma (a paz que eu não quero)

Armar a alma é fácil, difícil é escolher a arma certa.

A minha alma tá armada e apontada
Para cara do sossego
Pois paz sem voz, paz sem voz
Não é paz, é medo


Às vezes eu falo com a vida,
Às vezes é ela quem diz
Qual a paz que eu não quero conservar
Pra tentar ser feliz?

As grades do condomínio
São prá trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que tá nessa prisão

Me abrace e me dê um beijo,
Faça um filho comigo
Mas não me deixe sentar na poltrona
No dia de domingo

Procurando novas drogas de aluguel
Neste vídeo coagido
É pela paz que eu não quero seguir admitindo

É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir admitindo

sábado, 29 de agosto de 2009

Quem entende alguma coisa?

[...]

Meu mais recente esforço de fé não é do tipo intelectual. Eu realmente não faço mais isso. Mais cedo ou mais tarde você simplesmente descobre que há pessoas que não acreditam em Deus e podem provar que Ele não existe e alguns outros caras que acreditam em Deus e podem provar que ele existe - e a esse ponto a discussão já deixou há muito de ser sobre Deus e passou a ser sobre quem é mais inteligente; honestamente, não estou mais interessado nisso. Não credito que um dia irei me afastar de Deus por motivos intelectuais. Fora isso, quem entende alguma coisa? Se eu me afastar dele - e, por favor, orem pra que isso não aconteça, isso se dará por razões sociais, em função de razões de identidade, por profundas razões emocionais, as mesmas pelas quais qualquer um de nós faz alguma coisa.

[...]

(trecho do livro "Blue like jazz - nonreligious thoughts on Cristian spirituality", de Donald Miller, traduido por "Como os pingüins me ajudaram a entender Deus - pensamentos pós modernos sobre espiritualidade" pela editora Thomas Nelson Brasil)

...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"Três estados tem mais de um celular por habitante"

O título deste post foi retirado de uma reportagem do portal IG. Parte dela, transcrita a seguir:

Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo superaram, no mês de julho, a barreira de um celular por habitante, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Até junho, apenas o Distrito Federal havia superado esta marca.

No Mato Grosso do Sul, o índice ficou em 100,61 no mês passado, sendo que 100 significa que há um celular por habitante. A alta no Estado foi de 0,98% na comparação com junho.

Em São Paulo, o índice foi de 100,09, com alta de 1,48%, e no Rio de Janeiro, o incremento foi de 0,65%, com a taxa passando para 100,62.

No Distrito Federal, em julho, a taxa ficou em 153,43, com uma alta de 1,01% na comparação com junho.

O indicador do País encerrou o mês passado em 84,61 celulares para cada 100 habitantes, segundo a Anatel.


Todo mundo tem celular hoje em dia. Da criança ao vovô.É celular que canta, dança, sapateia, cozinha, limpa a casa e...Ah,serve pra fazer ligações também!
Eu fiquei embasbacada quando li a matéria. Mais de um celular por habitante??? O que me perturba é perceber que quanto mais conectados com a tecnologia, mais desconectados com os outros. Acho que as pessoas devem estar ligando pra elas mesmas à procura de conversa real...rs
"Vamos encontrar com fulana pra bater um papo?"
"Não, não tenho tempo, tenho que atualizar meu perfil do orkut! Mais tarde eu ligo pra ela ou mando um sms pra saber como ela tá"

Talvez pareça paradoxal essa crítica num blog, mas podem me chamar de quadrada que eu aguento...
Tenho UM celular, é verdade, mas não troco um abraço por conversa virtual nenhuma.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

"A dúvida sempre anda com a fé. Afinal, na certeza, quem precisaria de fé?"

Eu não entendo a Graça de Deus, não entendo mesmo. Como diz o hino, não sei como poder cantá-la nem como começar. Mas sei que não posso viver sem e que não posso viver sobre. Estar sob ela é o que faz toda diferança em minha vida.
Estava relendo trechos do livro "O Deus (in)visível", de Philip Yancey, e me deparei com alguns que refletem de maneira muito apropriada parte do que penso e sinto. Transcrevo-os abaixo. E dou glórias a Deus porque a graça e o Amor dEle não são baratos, são preciosos, e me sustentam...E, na loucura, entendo perfeitamente.


Pensando em minhas fases de falta de fé, vejo nelas todas as formas de incredulidade. Às vezes, retraio-me por falta de evidências, encolho-me diante do sofrimento e da desilusão ou me desvio em obstinada desobediência. Alguma coisa, contudo, sempre me atrai de volta para Deus. O quê? Nem eu sei.
(...)
Para mim, essa é razão de minha persistência. Para minha vergonha, admito que um dos motivos mais fortes de eu permanecer no rabanho é a falta de boas alternativas, muitas das quais já experimentei. "Senhor, para quem irei?". Mais difícil do que se relacionar com um Deus invisível é não ter relacionamento nenhum.


(extraído do livro "O Deus (in)visível", de Philip Yancey

sábado, 15 de agosto de 2009

A Graça barata e a Graça preciosa

Nascido em Breslau, na Alemanha, em 4 de fevereiro de 1906, Dietrich Bonhoeffer foi teólogo, pastor luterano e um dos mentores e signatários da Declaração de Bremen, quando, em 1934, diversos pastores luteranos e reformados formaram a Bekennende Kirche (Igreja Confessante), rejeitando desafiadoramente o nazismo: “Jesus Cristo, e não homem algum ou o Estado, é o nosso único Salvador”.

Seus últimos dois anos foram vividos na Prisão Preventiva do Exército em Tegel, até que, em 9 de abril de 1945, pouco tempo depois do suicídio de Adolf Hitler e apenas três semanas antes que as tropas aliadas libertassem o campo, foi enforcado em virtude de seu engajamento na resistência anti-nazista.

Em sua obra mais famosa, escrita no período de ascensão do nazismo, intitulada “Discipulado”, Bonhoeffer desenvolve o conceito de “graça barata e graça preciosa”, uma das mais belas páginas da teologia protestante. Eis um pequenino trecho:

“A graça barata é a graça que nós dispensamos a nós próprios. A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, é o batismo sem a disciplina de uma congregação, é a Ceia do Senhor sem confissão dos pecados, é a absolvição sem confissão pessoal. A graça barata é a graça sem discipulado, a graça sem a cruz, a graça sem Jesus Cristo vivo, encarnado.

A graça preciosa é o tesouro oculto no campo, por amor do qual o homem sai e vende com alegria tudo quando tem; a pérola preciosa, a qual o comerciante se desfaz de todos os seus bens para adquiri-la; o governo régio de Cristo, por amor do qual o homem arranca o olho que o escandaliza; o chamado de Jesus Cristo, o qual, ao ouvi-lo, o discípulo larga as suas redes e o segue.

A graça preciosa é o evangelho que há que se procurar sempre de novo, o dom pelo qual se tem que orar, a porta à qual se tem que bater.

A graça é preciosa porque chama ao discipulado, e é graça por chamar ao discipulado de Jesus Cristo; é preciosa por custar a vida ao homem, e é graça por, assim, dar-lhe a vida; é preciosa por condenar o pecado, e é graça por justificar o pecador. Essa graça é sobretudo preciosa por tê-la sido para Deus, por ter custado a Deus a vida de seu Filho – “fostes comprados por preço” – e porque não pode ser barato para nós aquilo que para Deus custou caro. A graça é graça sobretudo por Deus não ter achado que seu Filho fosse preço demasiado caro a pagar pela nossa vida, antes o deu por nós. A graça preciosa é a encarnação de Deus.

A graça preciosa é a graça considerada santuário de Deus, que tem que ser preservado do mundo, não lançado aos cães; e é graça como palavra viva, a palavra de Deus que ele próprio pronuncia de acordo com seu beneplácito. Chega até nós como gracioso chamado ao discipulado de Jesus; vem como palavra de perdão ao espírito angustiado e ao coração esmagado. A graça é preciosa por obrigar o indivíduo a sujeitar-se ao jugo do discipulado de Jesus Cristo. As palavras de Jesus: ‘O meu jugo é suave e o meu fardo é leve’ são expressão da graça [...] A graça e o discipulado permanecem indissoluvelmente ligados”.

Retirado de http://www.ibab.com.br/ed090614.html

sábado, 8 de agosto de 2009

O contador de histórias

Sexta-feira, dia 7 de agosto de 2oo9, fui ao cinema assistir so filme "O contador de histórias" que conta a trajetória de vida de Roberto Carlos, considerado hoje um dos 10 maiores contadores de histórias do mundo.
Achei o filme maravilhoso (não poderia ser diferente devido à história de vida do protagonista) e, pensando nos mandamentos de Jesus,no Amor inexplicável de Deus, na Maravilhosa Graça, essa produção cinematográfica mexeu muito comigo, me fez refletir de uma maneira muito especial.
A atitude daquela senhora que "apadrinhou" Roberto foi de Deus. Eu vi Jesus naquele filme, eu vi um amor tão difícil de reconhecer nos dias de hoje, eu fiquei com nó na garganta.

É como disse Ed René Kivitz:

"Uma pessoa só é campo missionário suficientemente grande."

Assistam ao filme. É dinheiro muito bem aplicado.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

X Semana Jovem de Férias - IBRP

Ele teve alternativa.
Desde sempre, a cruz foi uma escolha dEle.
Ele poderia ter dito não, poderia ter pulado da cruz como um super-herói hollywoodiano e impressionar o povo que o rodeava, mostrando seus “super-poderes” divinos.
Mas Ele disse sim.
Disse que iria até o fim, que nos faria filhos por adoção e fiéis por opção, pessoas com vidas que pulsam!
Disse que o importante era a vontade do Pai, mesmo que o cálice fosse amargo.
Disse e mostrou que o mais importante era Amar.
Entre tantas alternativas, Ele escolheu Amar, escolheu NOS Amar. Incondicionalmente.
E aqui estamos nós! - Respirando o ar que Ele criou, bebendo da água que Ele criou, comendo dos frutos que Ele criou. Em todo lado nos deparamos com a Graça dEle.
Aqui estamos nós. Sem alternativa. Afinal, Senhor pra onde iremos nós se Tu (e só Tu) tens as palavas da Vida? Podemos até escolher outros caminhos, é verdade, mas outra alternativa de Vida , vida verdadeira, com V maiúsculo, não temos. E nem queremos ter...
CRISTO: BIO-ALTERNATIVA!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Passo Imperial

Ontem, dia 21 de julho de 2009, estive em Petrópolis. Entre tantas coisas a fazer, gravações a ouvir e transcrever, frases a segmentar, livros a ler, fui a Petrópolis. E que bom porque fui!
Eu, minha irmã e minhas primas mais novas ( Evelyn e Piêtra, 11 anos)nos aventuramos, juntamente com outros dois amigos da faculdade, a passear pela cidade de Pedro. E olha que eu não refletia e me emocionava há muito tempo como me emocionei na visita ao Museu Imperial. Passos em meio ao Paço.Uma emoção extremamente contida, mas imensamente grande. Dez anos depois, volto eu a Petrópolis, uma pessoa completamente diferente da pessoa de 10 anos atrás.
Caramba... Lá estava a caneta com que Princesa Isabel assinou a lei Áurea! Entre tantas outras coisas, lá havia quadros que retratavam cenas "belíssimas" das lutas e mortes da Guerra do Paraguai, lá estavam o cetro e a coroa de D. Pedro. Revestidos de ouro, o cetro e a coroa do rei.
Inevitavelmente, me lembrei de Jesus - o Rei dos reis. Sem cetro e coroa de ouro,o rei Jesus é o cara que, sem caneta mas com Imenso Amor, é capaz de libertar a TODOS, é o cara que, em meio ao contraste de cores nubladas e tristes com outras alegres e vivas (como já diz o poeta João Alexandre), é capaz de pintar as mais belas cenas de Vida. Ele é O cara, é caríssimo pra mim.

Ele é Jesus, meu amigo, meu Senhor, O Salvador.Em qualquer lugar.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Entre roupas evangélicas e mentes evangélicas

Por Bráulia Ribeiro

Estava lendo a VEJA outro dia e descobri que existem fábricas de confecção especializadas em roupas evangélicas. A revista mostrava várias fotos de uma modelo elegante vestida de evangélica. As roupas até que nem eram feias, nem a reportagem claramente pejorativa. Parecia uma matéria factual, sem tendências, que se atinha a mostrar este setor especializado como a descoberta de um novo nicho de mercado…


Uma coisa destas numa revista de circulação nacional deve nos fazer parar para pensar. Resta saber que ferramentas mentais vou usar para pensar. Afinal de contas, pensar não é fácil e, definitivamente, temos aprender como. Posso pensar com minha mente carnal, com minha crente brasileira, com mente cristã, e mais umas tantas outras, mas vamos focalizar nestas três no momento.

A mente carnal gosta de sucesso, fama, projeção… “-Puxa que bom, estamos na VEJA, isto é sinal que dentro em pouco, quem sabe entraremos em grande estilo nas novelas da Globo, protagonizando romances do tipo dos que acontecem na vida real “evangélica”, fora ou dentro do casamento, não importa, desde que seja da vontade de Deus…” (nesta hora a mente carnal sabiamente substitui a vontade humana pela de Deus, mas tudo bem, já sabemos que ela é carnal mesmo, e sua especialidade é usar subterfúgios religiosos para nos enganar). Já estamos na Caras também, o que combina com a pregação de prosperidade que temos nas nossas igrejas, que benção, dentro em breve conquistaremos todos os ricos e famosos do Brasil e nossa renda aumentará em muito..”. E por aí a mente carnal iria, neste território, se felicitando pelo feito, pensando em novos mercados para os crentes, água mole em pedra dura, tanto batemos com nosso estilo evangélico de ser que, finalmente, conquistamos espaço…



A mente crente brasileira mais genérica se aproxima um pouco da carnal, infelizmente: “-Ah, bom, estamos na veja sinal de que a sociedade está nos respeitando, e olha só estamos “discipulando” o Brasil numa das coisas que ele mais precisa, na bandalheira são as roupas das mulheres, e com esta conquista de mercado, quem sabe conseguiremos tornar as brasileiras menos sensuais, abaixo a imoralidade, vamos orar contra, e fazer um culto de adoração, porque vestimos o bumbum do Brasil.” É, esta me parece ser a reflexão da mente crente mais comum, mas pode ser que hajam algumas variações aqui e ali. Pode haver um grupo que vai se envergonhar, e, neste grupo, estão os crentes “modernos” que tem como prática cristã o não ter ética no vestir. Mas mostramos o tempo todo que queremos ganhar a moralidade na marra, pensamos que com “nãos-nãos, sai-sais, e quebra-quebras” vamos mudar as pessoas. Pensamos em moral como algo externo, estabelecemos com mais facilidade o que é a prática cristã do que o que é a ética cristã.



Agora vem a dificuldade. Deveria colocar aqui o que pensaria o que considero ser a mente cristã ao ver aquela notícia na Veja. Mas, para meu horror, e espero que te cause o mesmo horror que a mim, verifico que não é fácil pensar com uma mente cristã. Parece que tal coisa a mente puramente cristã, desprovida de religiosidade e vícios culturais, a mente não secularizada, não influenciada pela visão de mundo pós-moderna, não embotada por anos de religiosidade alienante, não existe… Tenho que concordar com o autor Harry Blamires que escreveu um livro para dizer que no mundo atual não existe um pensamento cristão, ou uma mente cristã. Existe a ética cristã, a prática cristã, a espiritualidade cristã. Mas do pensamento cristão nós crentes estamos longe. O pensamento cristão pensa tendo como referência a Bíblia e a revelação da pessoa de Deus sobre tudo o que existe. Para o pensamento verdadeiramente cristão, não há diferença entre secular e sagrado, religioso e profano. O pensamento cristão não deveria se ocupar apenas do que é religioso e diz respeito à igreja porque Deus não criou apenas a igreja, ele primeiramente criou o mundo inteiro.

Tudo o que nos rodeia deveria ser revisto pela ótica divina. Todas as idéias nos interessam, as tendências, as sociedades, as sub-culturas. A mente cristã a todos ouve e não se fecha dogmaticamente diante de rótulos. Muitas vezes, concebemos um Deus religioso olhando para este mundo e colocando pessoas em caixas. Este Deus olha e vê uma mulher gritando. Ela foi oprimida por uma cultura machista e repressora, vítima de violência física e abusos de todo tipo. Seu grito que corta o ar é: - “Abaixo a violência contra a mulher!!” Deus olha, franze o cenho e diz: –“ Hum… ela é apenas mais uma feminista. Vá obedecer os homens, muié sem vergonha!!”

Na esquina tem outro grupo. Desta vez são sem-terra honestos, precisando de terra e de pão. Deus se lembra de ter ouvido este clamor antes, nas obras de Portinari dos homens com mãos grandes, no romance de Graciliano Ramos, quando a migração se dá no inverso, no lirismo da música do Chico Buarque:

“Zanza daquiZanza pra acolá

Fim de feira, periferia afora

A cidade não mora mais em mim

Francisco, Serafim

Vamos embora

Mas Ele finge não saber de nada disto porque são coisas “do mundo” e rapidamente se recupera daquele momento de compaixão, lembrando-se de que é um religioso, o próprio Deus afinal de contas, e de que não deve se misturar com estas coisas de políticas humanas, afinal o que Lhe interessa são as almas e faz um muxoxo, dizendo com reprovação: “Marxistas…”



Depois, um pouco entediado consigo mesmo talvez, se volta para seus crentes e se põe a vigiar-lhes o comportamento para saber se vai recompensar-lhes ou não segundo as suas obras…



Felizmente esta é a visão que nós temos de Deus e não a visão que a Bíblia nos passa. O verdadeiro pensamento cristão integra o mundo e suas necessidades com a fé, entendendo o Deus que da Bíblia se importa sim com desigualdades sociais e faz leis e sanções a respeito, se importa com os oprimidos e miseráveis, se torna o Deus das viúvas e dos órfãos. Deus não tem medo de pensar porque ele não teme perder a fé em si mesmo, aliás ele chama os maiores pensadores do mundo para a argumentação. (A bíblia está cheia de “vinde e arrazoemo-nos, mas não traz nem uma vez uma afirmação do tipo: “-em comunicado especial Deus afirma que ele existe sim, e que não devemos duvidar de sua existência.”) Não, nada disto, Deus não se preocupa em afirmar-se, apenas diz: - “o estúpido diz para si mesmo que eu não existo, e todos os homens são indesculpáveis porque os céus gritam para todo lado não só minha existência, mas minha glória…”



- Xiiii…. Peraí, vai com calma Deus não se mostre tanto assim, porque pensamos que conhecer sua existência é privilégio dos evangélicos…



Mas Deus parece nem notar que somos assim exclusivistas e vai se revelando a justos e injustos… Nem todos os seguem, é verdade, mas até bêbados, na verdade ex-bêbados como o João Ubaldo quando querem dar uma “brechadinha” nas verdades de sua revelação pessoal conseguem, afinal está tudo tão claro ali na Palavra… Quando escreveu o conto: “O Santo que não acreditava em Deus", João Ubaldo, à moda do João da Bíblia, entendeu que a essência de Deus é amor e não religião, e visualizou um Jesus se encarnando hoje, de repentinho, no sertão nordestino. E este Jesus se chama Salvador, e não se importa se as pessoas são religiosas ou não, mas ao andar vai conhecendo a cada um, revelando seus segredos para elas mesmas, amando os desamados e respeitando os desrespeitados, tudo isto porquê é com cordas de amor que Ele nos atrai e não com cordas de preconceito e religiosidade.



Nem o cinema ele discrimina e se revela nas mãos de diretores como Spielberg, falando contra o nazismo, o racismo, no rosto de atrizes como Fernanda Montenegro em Central do Brasil, encontrando o amor e a moral numa caminhada com um menino sem pai.



Deus é assim, um cara mais legal do que o que a gente pensa. E o pensamento cristão, se existisse como Ele, Deus, existe, olharia com surpresa para a tal roupa evangélica. Mas roupa evangélica? Diria a mente cristã: Cadê o amor evangélico, a redenção social evangélica, a transformação de valores evangélica? Mas a surpresa e o choque pela ausência de idéias tão essenciais não lhe impediria de continuar tentando nos ensinar a pensar.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Minha reflexão impetuosa

Eu quero para dentro sair
E para fora entrar
Para baixo subir
E para cima abaixar

Quero ser inconveniente
Literalmente
Parar de pensar em fazer
Para fazer o pensar

Esquecer convenções e conveniências
Não sofrer pressões e violências
Físicas e ideológicas...
Ilógicas.

Não quero viver o paradoxo alarmante
De nunca ter explodido
Apesar de sempre ser bombardeado
Numa sociedade inoperante
Onde uns calam os gritos
E outros gritam calados.

Para andar nas ruas da cidade?
É necessário ter "jogo de cintura"!
E para desfilar a vaidade?
É preciso não ter cintura!

Fatos. Atos. Asco.
O que se vê,
O que se (não) faz
E o que se sente.
Passivamente.

Eu quero é aglutinar
Gentileza à liberdade
E plenitude à alegria
Viver com liberdeza e gentilidade
Alegritude e Plenitia

Quero praticar ações
Gramaticalmente anormais
Ou formar palavras
Normalmente agramaticais

Talvez estejam nelas belas soluções
Palavras...
Nossa forma de pôr pra fora
Então, que vertam aos borbotões!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O lado de dentro do círculo

O inferno são os outros - Jean Paul Sartre

Muito tenho aprendido nesses últimos dias. Tenho aprendido com minhas leituras diárias, com os cultos dominicais e minhas surpreendentes aparições na EBD, com orientações que tenho ouvido de pessoas especiais, com a vida.
O inferno são os outros, disse Sartre a respeito de nossas percepções, e, refletindo com o irmão Ed René kivitz, vejo que muito antes Jesus nos alertou sobre isso. Não que o inferno sejam realmente os outros, mas nos alertou da nossa tendência de pensar assim, de frequentemente colocar a culpa no outro. Afinal, nós somos perfeitos, o inferno são os outros. Nada disso!
Em Mateus 7:1-3 Jesus diz:

Não julgueis para que não sejais julgados.
Porque com o juízo que julgardes sereis julgados e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.


Pensando na passagem acima, percebo que eles nada tem a ver com o medo do futuro juízo divino, achando que o Deus “carrasco” nos julgará com medida mais severa. Não é isso. Na verdade, o real e misericordioso Pai do Céu nem é citado nesses versos e nada tem a ver com o julgamento. Hoje, percebo que, ao declarar essas palavras, Jesus está nos alertando como o mundo funciona. Ele está, simplesmente, nos dizendo que seremos tratados da maneira que tratarmos os outros (Mateus 7:12). Se sorrirmos, receberemos um sorriso de volta; se dermos uma bofetada, levaremos outra; se formos grosseiros, ouviremos grosserias; se dermos amor, amor receberemos! É assim que o mundo funciona: a gente colhe o que planta. Não é assim?
O inferno não são os outros e eu também não quero ser o inferno de ninguém. Por isso, ao invés de ficar reparando o argueiro no olho do meu irmão, quero antes prestar atenção na trave do meu olho. Ao invés de fazer um círculo em volta de mim e ficar apontando o que está errado no lado de fora (porque, com certeza, tem muita coisa errada do lado de fora e essa atitude muito poderia aliviar minha minha consciência), eu me proponho a fazer um círculo em volta de mim e me focar no lado de dentro. Não de uma maneira egoísta, pensando só nos meus desejos, mas com muita humildade, percebendo meus erros e lutando para consertá-los em função de uma bela certeza: quanto melhor o lado de dentro, melhor o lado de fora. Quando tirar a trave do meu olho, mais saudável e eficiente será a ajuda pra quem carrega o argueiro.

Que Deus me ajude! :)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Mais ou menos de volta

Meu blog anda meio largado, eu sei. É porque eu o fiz para falar muita mais sobre "outras coisas" do que sobre mim. Tá certo que eu nunca falei muito sobre outras coisas (e nem sobre mim!rs),mas,tô tentando voltar.
Para os crentes, o texto abaixo é recomendadíssimo. Para os não-crentes, creio que também. O Evangelho, acreditem, não é o que se vê por aí. Ele é bom demais, simples demais, gracioso demais. Se alguém quiser saber o que é de verdade, me procura que eu conto.
Abraços!

Devo dar o dízimo e onde?

Por Caio Fábio, em resposta à pergunta de um jovem.



A idéia de que o “dizimo” é devido à “igreja” é uma tentativa de fazer do mero ajuntamento cristão algo pesado, legal, estatal, religioso, como era o “Templo de Jerusalém”.

No entanto, essa perversão não aconteceu desde o princípio. Os primeiros discípulos contribuíam, primeiro, para ajudarem-se uns aos outros (“...a família da fé...”; como diz Paulo); e, depois, a fim de criar meios e fundos a fim de ajudarem no sustento dos que vivem apenas para pregar e ensinar a Palavra.

Se você ler II Co 8 e 9 você entenderá qual era o espírito mediante o qual as ofertas em dinheiro eram feitas no ajuntamento dos primeiros discípulos.

Jesus disse aos judeus que eles deveriam dar o dízimo de seus bens e alimentos (era assim que era feito no Templo; e, descobertas arqueológicas feitas nas ruínas da casa de Caifás, o sumo sacerdote, revela como eram medidos e coletados esses “dízimos”), mas sem esquecer que a verdadeira lei de Deus é feita de justiça, misericórdia e verdade.

No entanto, já foi a perversão da fé original, desfigurando-se naquilo que chamamos de “Religião Cristã” ou de “Igreja”, o que evocou para si esse papel oficial de “Novo Templo” de Deus na Terra.

Ou seja: para o “Cristianismo” e para a “Igreja” a representação legal de Deus na Terra agora tem neles sua oficialidade. Todavia, essa é uma perversão que fundiu a idéia do Templo como lugar de oficialidade e poder (“chapa branca” de Deus no mundo), mais a oficialidade política e religiosa que os romanos, via Constantino, criaram.

Assim, “os evangélicos”, por exemplo, brigam pela “igreja” como detentora do “poder fiscal de recolhimento os impostos de Deus”, sem saber que tanto a interpretação legal de Malaquias não cabe nessa nova dispensação da consciência na Graça, conforme o Evangelho; como também não sabem que estão ainda vivendo sob os auspícios da Lei e não da Graça; visto que se colocaram sob o comando de algo que foi instituído para a “igreja” quando ela foi deixando de ser apenas Igreja, conforme a leveza do Evangelho; e conforme o poder que Constantino instituiu, chamando-o de “Cristianismo”.

Esta é a razão pela qual o texto de Malaquias 3, sobre os dízimos, ser o favorito da “igreja” nas questões de contribuições financeiras. Sim, ele supostamente se transfere para a “igreja”, a qual, tendo CGC e Estatuto, vira o “Banco do Dinheiro de Deus”; e o pastor, líder, apostolo, bispo, ou seja lá o que for..., torna-se o “Dono do Banco”; ou, na melhor das hipóteses, no caso de uma gestão menos centrada num homem, então surge o “Conselho Bancário”, que faz gestão do dinheiro de Deus na “igreja”. Ora, eles dizem que se o dinheiro de Deus não passar por eles, tal dinheiro não serve a nenhuma causa divina; não sendo, portanto, segundo eles, “abençoado”.

Tudo engano e manipulação!

O que não percebemos é que o N.T. não se utiliza de Malaquias 3 como Lei da Graça quando se trata de dinheiro. Como já disse, o texto de Malaquias fala do Templo-Estado. A Igreja não é assim!

Ao escolhermos, seletivamente, Malaquias como o Santo das Contribuições, sem o sabermos, estamos dizendo quatro coisas:

1) Nosso desejo de que a Igreja esteja para a sociedade assim como o Templo-Estado estava para a população de Israel.

2) Nossa seletividade arbitrária quanto a determinar o que, da Lei, nos é conveniente.

3) Nossa incapacidade de ver que Malaquias 3 tem sua atualização na Graça em II Co 8 e 9. E sem maldiçoes; evocando a alegria, não o medo.

4) Nossa ênfase na idéia de que aquele que não contribui é ladrão, põe aqueles que “cobram” no papel de sacerdotes-fiscais dos negócios de Deus na Terra.


Em Atos 5: 1-11, diz-se que dá quem deseja! Dar sem desejar, ou dar mentindo, gera morte, não vida!

Ananias e Safira foram exemplarmente disciplinados pela Liberdade que nasce da Verdade; e não a fim de gerar medo legalista na Igreja. Eles morreram por terem traído a Graça de dar ou não dar; de ser ou não. Eram livres para não dar; e, assim, não para mentir ao Espírito Santo!

Dar não os tornaria “maiores”! Não dar não os tornaria “menores”! Mentir a Deus, todavia, os destruiria! Porém, dar com alegria, abriria para eles um mundo de riquezas interiores e de retornos de bênçãos que são apenas o fruto da própria semeadura feita como generosidade na forma de dinheiro ou bens.

Deus ama a quem dá com alegria!

O que passar disso é "negócio" feito em nome de Deus e que se alimenta da culpa que se põe sobre os ombros ignorantes de quem não sabe que em Cristo tudo já está Consumado!

Portanto, não há barganhas a fazer!

Todavia, como eu disse ao “Jovem Honesto”, o dizimo é parte de todo culto racional e grato. Sua base, todavia, não é a Lei, mas sim a Lei da Graça, da gratidão, da alegria, do reconhecimento do amor e da providencia, do desejo de contribuir para ajudar outros, e, sobretudo, como manifestação de culto a Deus, no qual a alegria grata oferece como culto aquilo que é um “deus” na terra: o dinheiro!

Para mim, dar o dízimo, além de ser tudo o que há pouco lhe disse, é também um ato de vindicação da soberania de Deus sobre nossa existência. O dinheiro é uma Potestade espiritual. Foi a única realidade que Jesus usou para apresentar como um “deus” competindo pelo amor dos homens. Por isso Jesus chamou o dinheiro (Mamon) de “senhor”; e disse que ninguém poderia servir a Deus e às riquezas. Desse modo, quando alguém dá pelo menos 10% do que ganha, tal pessoa está confessando sua gratidão, sua confiança na Provisão, e, também, sua libertação em relação ao poder que os bens tendem a exercer sobre toda alma humana, reclamando um papel divino e de obediência e serviço, como faz todo senhor espiritual.

O interessante é que Jesus não atribuiu esse poder ao diabo, mas o atribuiu ao dinheiro.

Na Graça de Deus o dizimo é assim: filho da Lei da Graça, pois, é fruto da gratidão alegre; e não é uma obrigação legal. Todavia, mesmo não sendo uma obrigação legal, é, entretanto, um principio espiritual, o qual carrega em si as bênçãos que correspondem ao significado de um ser um humano ofertar suas posses a Deus, através de bens e serviços aos homens; e fazendo isto com alegria, conforme a Lei da Graça acerca desse assunto, a qual pode ser lida em II Coríntios 8-9.

Quanto a sua questão, digo-lhe o seguinte:

1o Minha prioridade nas minhas contribuições é dar para causas que divulguem o Evangelho como ele é, com pureza de propósitos e conteúdos. Isso pode ser numa “igreja”, pode ser numa missão séria, pode ser a alguém que carregue sozinho o compromisso de fazer algo importante e sério, mas que não conta com ajuda suficiente.


2o Além disso, ajudo pessoas em necessidade; ou, simplesmente, obedeço o impulso interior na alegria que nasce da possibilidade de ajudar alguém que está em necessidade. “Quem dá ao pobre, a Deus empresta”, diz o Provérbio.


3o Também faço isso sem deixar de me comprometer com aquelas coisas, causas, ou meios mediante os quais minha vida é enriquecida espiritualmente. Aliás, Paulo diz que aquele que recebe benefícios espirituais deve fazer beneficiário, com bens materiais, aquele que sobre ele ministra riquezas da Graça; seja como apoio, palavra, ensino ou atenção espiritual.


No entanto, eu nunca brinco com dinheiro, pois sei que ele é uma Potestade. O lugar mais seguro e útil para o dinheiro, portanto, é sendo usado como parte do culto racional e grato; mediante cujo gesto consciente a gente declara o Senhorio de Cristo sobre Mamon em nossa vida.

“Dar”, não só é espiritualmente melhor do que receber; mas também carrega em si o principio da vida: a vida é um permanente dar.

Além disso, Jesus disse que o ato livre, amoroso, carinhoso, responsável e devocional do “doar”, abre comportas espirituais de bem em nosso favor.

Ou seja: o ato de dar gere uma sincronia de nosso ser com as forças invisíveis e poderosas da generosidade.

Por isso, é que Ele disse que o ‘retorno’ do ‘dar’ em alegria é desproporcional; posto que você semeia um dízimo de seu ganho, ou, para sua felicidade, até mais que o dízimo; e, como resultado, abrem-se galerias invisíveis de uma graça que sempre se manifesta em favor dos generosos.

Assim, eu não do o dízimo por causa de Malaquias, nem tampouco com medo de ser “ladrão”, ou de ser vitimado pelo “devorador”. Todas essas coisas morreram com Jesus na Cruz. Nele todos os devoradores foram despojados na Cruz.

Todavia, não dando por medo, dou, entretanto, em razão da gratidão e da alegria da Graça em mim.

Portanto, nunca darei uma única oferta se minha motivação for medo (pois, desse modo, o que eu faço de nada vale; sem amor nada aproveita para mim).

Entretanto, não é porque não temo o devorador que deixarei agora de doar.

Não! Eu dôo por amor; e por saber que nada é meu; e por crer que tudo o que me vem às mãos, pagas as responsabilidades da vida, o mais deve ganhar significação espiritual filiada à gratidão e ao amor solidário e responsável.

Escolha causas que promovem o Evangelho e abençoam vidas e contribua com alegria; posto que isto é agradável a Deus.

Jesus disse que até mesmo o “administrador infiel” (Lc 16) pôde fazer bom uso do dinheiro que um dia ele havia ganho com esperteza e até desonestidade. Sim, Jesus recomendou que esse dinheiro seja usado para que se faça “amizades espirituais”, as quais, pela gratidão, sempre haverão de nos socorrer na hora da necessidade.

O “administrador infiel” foi “elogiado pelo Senhor” porque apostou em capitais imponderáveis (gratidão semeada na alma de outros), e não no dinheiro. Sim, ele preferiu ficar sem nada, mas semear a bondade e a gratidão, do que guardar o dinheiro e não contar a gratidão de ninguém nem na terra e nem no céu.

De fato, há um livreto meu chamado “Uma Graça que Poucos Desejam”, o qual eu pedirei que para seja posto aqui no site para se possa “baixar” de graça, para todos; posto que creio que o que escrevi em 1986 é hoje mais essencial que seja compreendido do jamais antes, desde que foi escrito. É só clicar e ler

http://www.caiofabio.com/2009/conteudo.asp?codigo=03194

Espero que tenha ajudado você!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O vento

por João Alexandre


O vento sopra onde quer
Ninguém sabe de onde ele vem
E nem para onde ele vai no seu caminho
Se vai dar ondas ao mar,
Levar a jangada a pescar
Ou se vai fazer trabalhar o moinho
Assim também viverá
Aquele que quiser andar
Ao lado de Deus e fazer Sua vontade
Hoje estará por aqui
Quem sabe amanhã? Amanhã vai partir
Mas onde estiver é feliz. É feliz de verdade
Agradecido em tudo
Sabendo que Deus é Maior
Que a vontade dos homens e
Todas as forças do mundo
E seu amor mais claro
Que a estrela do céu
Mais doce que um favo de mel
E mais que o abismo do mar
É profundo

O vento sopra onde quer
Ninguém sabe de onde ele vem
E nem para onde ele vai no seu caminho
Assim também viverá aquele que a Deus se entregar
E nunca, jamais, vai andar tão sozinho.



sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A torta de limão com banana!

Antes de ir pra Santa Catarina me veio a brilhante idéia de fazer uma torta de limão com banana. Gosto de limão e gosto de banana, então por quê não juntar as duas coisas? "Porque não combina" foi o que me disseram muitas vezes. Realmente, parecia não combinar, devo admitir, mas quis tentar e fiz.


Meu cunhado falou que a torta estava ótima, tirando a parte do doce banana. Outros, provavelmente diriam que a torta estava ótima, tirando a parte do doce de limão. Eu creio que gostei da combinação porque estava aberta a ela e foi aberta a novas combinações/experiências que viajei para Santa Catarina. Valeu muito a pena!


Vi gente de várias denominações evangélicas, gente com maneiras de pensar muito diferentes. Uns, como doce de banana; outros, como doce de limão. Nunca uma mistura foi tão deliciosa pra mim. Estávamos todos lá, diferentes, com maneiras de pensar e de falar diferentes, mas todos unidos num só propósito, todos querendo formar um doce só. Um doce que, se pensarmos com todas as nossas convicções humanas, tinha tudo pra dar errado. Mas também um doce que, se despido de muitos de nossos pré-conceitos pra honra e glória de um único Deus maravilhoso, é o melhor doce do mundo!

A minha receita é simples: faça a massa com farinha de trigo e margarina, coloque o doce de limão, o doce de banana, claras batidas com açúcar em neve e pronto: Torta de limão com banana!


A receita de Deus, com um sabor muito melhor do que a minha, é o par opositivo (foneticamente falando!rs) que mais me encanta: Amem! Amém.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009