sábado, 29 de agosto de 2009

Quem entende alguma coisa?

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Meu mais recente esforço de fé não é do tipo intelectual. Eu realmente não faço mais isso. Mais cedo ou mais tarde você simplesmente descobre que há pessoas que não acreditam em Deus e podem provar que Ele não existe e alguns outros caras que acreditam em Deus e podem provar que ele existe - e a esse ponto a discussão já deixou há muito de ser sobre Deus e passou a ser sobre quem é mais inteligente; honestamente, não estou mais interessado nisso. Não credito que um dia irei me afastar de Deus por motivos intelectuais. Fora isso, quem entende alguma coisa? Se eu me afastar dele - e, por favor, orem pra que isso não aconteça, isso se dará por razões sociais, em função de razões de identidade, por profundas razões emocionais, as mesmas pelas quais qualquer um de nós faz alguma coisa.

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(trecho do livro "Blue like jazz - nonreligious thoughts on Cristian spirituality", de Donald Miller, traduido por "Como os pingüins me ajudaram a entender Deus - pensamentos pós modernos sobre espiritualidade" pela editora Thomas Nelson Brasil)

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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"Três estados tem mais de um celular por habitante"

O título deste post foi retirado de uma reportagem do portal IG. Parte dela, transcrita a seguir:

Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo superaram, no mês de julho, a barreira de um celular por habitante, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Até junho, apenas o Distrito Federal havia superado esta marca.

No Mato Grosso do Sul, o índice ficou em 100,61 no mês passado, sendo que 100 significa que há um celular por habitante. A alta no Estado foi de 0,98% na comparação com junho.

Em São Paulo, o índice foi de 100,09, com alta de 1,48%, e no Rio de Janeiro, o incremento foi de 0,65%, com a taxa passando para 100,62.

No Distrito Federal, em julho, a taxa ficou em 153,43, com uma alta de 1,01% na comparação com junho.

O indicador do País encerrou o mês passado em 84,61 celulares para cada 100 habitantes, segundo a Anatel.


Todo mundo tem celular hoje em dia. Da criança ao vovô.É celular que canta, dança, sapateia, cozinha, limpa a casa e...Ah,serve pra fazer ligações também!
Eu fiquei embasbacada quando li a matéria. Mais de um celular por habitante??? O que me perturba é perceber que quanto mais conectados com a tecnologia, mais desconectados com os outros. Acho que as pessoas devem estar ligando pra elas mesmas à procura de conversa real...rs
"Vamos encontrar com fulana pra bater um papo?"
"Não, não tenho tempo, tenho que atualizar meu perfil do orkut! Mais tarde eu ligo pra ela ou mando um sms pra saber como ela tá"

Talvez pareça paradoxal essa crítica num blog, mas podem me chamar de quadrada que eu aguento...
Tenho UM celular, é verdade, mas não troco um abraço por conversa virtual nenhuma.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

"A dúvida sempre anda com a fé. Afinal, na certeza, quem precisaria de fé?"

Eu não entendo a Graça de Deus, não entendo mesmo. Como diz o hino, não sei como poder cantá-la nem como começar. Mas sei que não posso viver sem e que não posso viver sobre. Estar sob ela é o que faz toda diferança em minha vida.
Estava relendo trechos do livro "O Deus (in)visível", de Philip Yancey, e me deparei com alguns que refletem de maneira muito apropriada parte do que penso e sinto. Transcrevo-os abaixo. E dou glórias a Deus porque a graça e o Amor dEle não são baratos, são preciosos, e me sustentam...E, na loucura, entendo perfeitamente.


Pensando em minhas fases de falta de fé, vejo nelas todas as formas de incredulidade. Às vezes, retraio-me por falta de evidências, encolho-me diante do sofrimento e da desilusão ou me desvio em obstinada desobediência. Alguma coisa, contudo, sempre me atrai de volta para Deus. O quê? Nem eu sei.
(...)
Para mim, essa é razão de minha persistência. Para minha vergonha, admito que um dos motivos mais fortes de eu permanecer no rabanho é a falta de boas alternativas, muitas das quais já experimentei. "Senhor, para quem irei?". Mais difícil do que se relacionar com um Deus invisível é não ter relacionamento nenhum.


(extraído do livro "O Deus (in)visível", de Philip Yancey

sábado, 15 de agosto de 2009

A Graça barata e a Graça preciosa

Nascido em Breslau, na Alemanha, em 4 de fevereiro de 1906, Dietrich Bonhoeffer foi teólogo, pastor luterano e um dos mentores e signatários da Declaração de Bremen, quando, em 1934, diversos pastores luteranos e reformados formaram a Bekennende Kirche (Igreja Confessante), rejeitando desafiadoramente o nazismo: “Jesus Cristo, e não homem algum ou o Estado, é o nosso único Salvador”.

Seus últimos dois anos foram vividos na Prisão Preventiva do Exército em Tegel, até que, em 9 de abril de 1945, pouco tempo depois do suicídio de Adolf Hitler e apenas três semanas antes que as tropas aliadas libertassem o campo, foi enforcado em virtude de seu engajamento na resistência anti-nazista.

Em sua obra mais famosa, escrita no período de ascensão do nazismo, intitulada “Discipulado”, Bonhoeffer desenvolve o conceito de “graça barata e graça preciosa”, uma das mais belas páginas da teologia protestante. Eis um pequenino trecho:

“A graça barata é a graça que nós dispensamos a nós próprios. A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, é o batismo sem a disciplina de uma congregação, é a Ceia do Senhor sem confissão dos pecados, é a absolvição sem confissão pessoal. A graça barata é a graça sem discipulado, a graça sem a cruz, a graça sem Jesus Cristo vivo, encarnado.

A graça preciosa é o tesouro oculto no campo, por amor do qual o homem sai e vende com alegria tudo quando tem; a pérola preciosa, a qual o comerciante se desfaz de todos os seus bens para adquiri-la; o governo régio de Cristo, por amor do qual o homem arranca o olho que o escandaliza; o chamado de Jesus Cristo, o qual, ao ouvi-lo, o discípulo larga as suas redes e o segue.

A graça preciosa é o evangelho que há que se procurar sempre de novo, o dom pelo qual se tem que orar, a porta à qual se tem que bater.

A graça é preciosa porque chama ao discipulado, e é graça por chamar ao discipulado de Jesus Cristo; é preciosa por custar a vida ao homem, e é graça por, assim, dar-lhe a vida; é preciosa por condenar o pecado, e é graça por justificar o pecador. Essa graça é sobretudo preciosa por tê-la sido para Deus, por ter custado a Deus a vida de seu Filho – “fostes comprados por preço” – e porque não pode ser barato para nós aquilo que para Deus custou caro. A graça é graça sobretudo por Deus não ter achado que seu Filho fosse preço demasiado caro a pagar pela nossa vida, antes o deu por nós. A graça preciosa é a encarnação de Deus.

A graça preciosa é a graça considerada santuário de Deus, que tem que ser preservado do mundo, não lançado aos cães; e é graça como palavra viva, a palavra de Deus que ele próprio pronuncia de acordo com seu beneplácito. Chega até nós como gracioso chamado ao discipulado de Jesus; vem como palavra de perdão ao espírito angustiado e ao coração esmagado. A graça é preciosa por obrigar o indivíduo a sujeitar-se ao jugo do discipulado de Jesus Cristo. As palavras de Jesus: ‘O meu jugo é suave e o meu fardo é leve’ são expressão da graça [...] A graça e o discipulado permanecem indissoluvelmente ligados”.

Retirado de http://www.ibab.com.br/ed090614.html

sábado, 8 de agosto de 2009

O contador de histórias

Sexta-feira, dia 7 de agosto de 2oo9, fui ao cinema assistir so filme "O contador de histórias" que conta a trajetória de vida de Roberto Carlos, considerado hoje um dos 10 maiores contadores de histórias do mundo.
Achei o filme maravilhoso (não poderia ser diferente devido à história de vida do protagonista) e, pensando nos mandamentos de Jesus,no Amor inexplicável de Deus, na Maravilhosa Graça, essa produção cinematográfica mexeu muito comigo, me fez refletir de uma maneira muito especial.
A atitude daquela senhora que "apadrinhou" Roberto foi de Deus. Eu vi Jesus naquele filme, eu vi um amor tão difícil de reconhecer nos dias de hoje, eu fiquei com nó na garganta.

É como disse Ed René Kivitz:

"Uma pessoa só é campo missionário suficientemente grande."

Assistam ao filme. É dinheiro muito bem aplicado.